Translate

Mostrar mensagens com a etiqueta medicamentos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta medicamentos. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Sobre a Depressão Major, severa ou grave


Ver fonte da imagem
 "A depressão é uma perturbação psiquiátrica do humor que pode ser muito grave, causando sintomas que envolvem o  corpo, o humor, os pensamentos e os comportamentos. Afeta a forma como a pessoa se sente em relação a si própria, a forma como a pessoa pensa sobre as coisas e as pessoas que a rodeiam,  e a forma como lida com as atividades de vida diárias, como dormir, alimentar-se ou trabalhar." (...)
"A perturbação depressiva major representa a condição clássica neste tipo de perturbações. Manifesta-se por uma combinação variável de sintomas depressivos que, pela sua intensidade, interferem com a capacidade da pessoa trabalhar, estudar e divertir-se. Um episódio depressivo major pode ocorrer apenas uma vez mas, mais frequentemente, vários episódios sucedem-se ao longo da vida. Uma depressão major crónica pode levar a tratamentos mantidos por vários meses, anos ou até indefinidamente." (...)
"A escolha do tratamento vai depender do diagnóstico, gravidade dos sintomas e preferência do doente. Quanto mais cedo o tratamento puder começar, mais efetivo se torna. De uma forma geral, as depressões graves requerem uma combinação de medicamentos (antidepressivos) e psicoterapia. Só após algumas semanas é que é possível observar o completo efeito terapêutico dos antidepressivos. Depois da pessoa começar a sentir-se melhor é necessário manter o tratamento por vários meses e, nalguns casos, indefinidamente, para prevenir uma recorrência da doença." (...)
Uma excelente explicação sobre a depressão major. 
A publicação acima é um copy-paste de alguns paragrafos do site, onde pode encontrar mais informações, como por exemplo uma lista dos sintomas: https://www.bial.com/pt/areas-terapeuticas/depressao/

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Quando os antidepressivos causam depressão

Ver fonte da imagem
Se é verdade que quando temos uma depressão devemos tomar medicamentos, quer sejam antidepressivos ou ansiolíticos ou outros indicados para controlar os sintomas, a verdade é que por vezes os efeitos secundários podem levar a quadros depressivos, principalmente se estivermos a falar de períodos de tempo muito extensos.

Uma infância conturbada e uma adolescência complicada levaram-me a começar a tomar antidepressivos antes da maioridade.  Iniciei com Anafranil (antidepressivo tricíclico) e doses muito elevadas de ansiolíticos e tive acompanhamento psicológico concomitantemente. Consequências?  Letargia, sono excessivo, embotamento afectivo, taquicardia, entre outros. Normal, para medicamentos do género. Se me sentia triste, sem vontade de viver, a ver um futuro negro, sentir-me assim, como se andasse meio bêbada e a adormecer na escola, fez com que eu me afastasse de toda a gente, me isolasse cada vez mais, o que tornou a minha vida social num verdadeiro desastre. Então eu estava triste por isso. Então eu via o futuro negro pois não conseguia mudar a situação por mais que me esforçasse. Vivia a vida em tons de cinzento e completamente alienada da realidade.

O pior disto é que, dado que não houve nenhum período em que me sentisse bem, não consegui estabelecer a relação entre o que sentia e os medicamentos. Eu detestava-me. Comecei a mentalizar-me de que tudo era fruto da minha personalidade.  E os terapeutas também começaram a pensar o mesmo.  Na verdade eles nunca me tinham conhecido de forma diferente, e dado que minha depressão vinha desde a pré-adolescência, também de mim não ouviam relatos que sugerissem que alguma vez tivesse sido uma pessoa diferente. O que faziam então era "passar a mão no pelo", enquanto eu me afundava cada vez mais.

Como eu me sentia sempre na mesma, ao longo da vida foram-me receitando todo o tipo de medicamentos para a depressão e ansiedade que existem, na expectativa de acertar com o correcto para mim. Consequências?  Mais do mesmo. Eu continuava na mesma, triste, frustrada, confusa, abatida. Os efeitos secundários dos medicamentos estavam a dar cabo da minha vida.
Mais tarde comecei a tomar ISRS (inibidores selectivos de recaptação da seretonina). Passei a sentir-me um pouco melhor, contudo com o tempo comecei a notar que essas melhoras eram cíclicas. Andava um tempo melhor, construía alguma coisa, mas passado algum tempo estava na fossa outra vez e acabava por destruir tudo aquilo que tinha construído. Então perdi simplesmente a vontade de construir, a vontade de lutar. Se não tomasse os medicamentos sentia-me mal, se tomasse sentia-sentia-me mal.  Então vivia isolada, com o sentimento de que nada valia  pena. Não valia a pena lutar, eu não valia nada. Nunca consegui nada a vida toda, porque havia de esperar conseguir agora? Agora, que já tinha vivido mais de metade do tempo de esperança médio de vida para um ser humano?!...

O que me salvou foi pensar que nenhum médico nem nenhum medicamento me iria nunca tirar daquela situação, apenas eu mesma o poderia fazer. Tinha que ser a terapeuta de mim própria, pois tudo o resto tinha dado provas de ineficácia.  Valeu.-me a minha curiosidade, que me levou a ler bastante. Livros de auto-ajuda e sobre inteligência emocional ajudaram-me a perceber que o problema não estava nos diagnósticos ou na medicação. Parti do principio que, ainda que o problema fosse a minha personalidade eu poderia aprender a mudar algumas coisas. Mas o que eu aprendi foi que eu não sabia quem eu era! Tudo aquilo que eu pensava que era era fruto das circunstâncias ou dos efeitos secundários dos medicamentos, e isso estava a esconder o verdadeiro eu. E mais: descobri que a fonte de todos os meus problemas estava na forma de pensar. Toda a vida eu tinha pensado de forma errada e o meu historial clínico tinha-a consolidado.

Descobri o meu "eu" verdadeiro, mudei radicalmente a minha forma de pensar e de ver o mundo e comecei a sentir-me como nunca antes! Passei a ver o mundo a cores, finalmente.
Não deixei de tomar medicamentos pois sei que eles me fazem falta, mas só desta forma eles passaram a ser realmente eficazes.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Abordagem medicamentosa e psicológica dissociadas

Depois das minhas últimas experiências falhadas na escolha de um terapeuta, encontrei alguém que me pareceu bem habilitado para fazê-lo.
Como habitual, as consultas tem a duração de uma hora, a primeira, um pouquinho mais. Comecei por lhe contar resumidamente a minha história e depois foquei-me naquilo que sentia. Depressa, o final da primeira consulta chegou. Em uma hora, tive que resumir quarenta anos de vida e mais de vinte de terapias. É claro que é impossível o terapeuta inteirar-se de tudo o que se passa com o indivíduo e aperceber-se da solução mais adequada. Eles acham, contudo, que o que o paciente espera deles é que lhes receite medicamentos para aliviar o seu sofrimento. E felizmente para os médicos, existem medicamentos que servem para quase tudo, basta que nos consigam enquadrar em uma qualquer patologia generalista. 
Eu costumo guardar uma cópia das prescrições medicamentosas que me têm sido feitas ao longo do tempo. Se procurar entre elas, decerto encontrarei uma igual à que me foi dada por este terapeuta. Isto quer dizer que, no que respeita à medicação, quase me basta ir ao meu "arquivo" e procurar uma receita que me tivesse sido prescrita para os mesmos sintomas em momentos anteriores. Então, que raio vou eu gastar o meu dinheiro num psiquiatra?!
Na segunda consulta, que aconteceu um mês depois da primeira, por indicação do terapeuta, as suas principais preocupações foram saber que efeitos secundários tinha tido com a terapia receitada. Como a minha resposta foi negativa, mandou-me continua-la e repetir a consulta daí a quatro meses. 
Na minha condição de paciente e de ser humano minimamente inteirado do mundo da psicologia e psiquiatria, aquilo que sinto é que as duas disciplinas andam cada vez mais separadas, enquanto a mente humana continua a ser apenas uma. Uma terapia puramente medicamentosa, quando sabemos que os medicamentos não curam, apenas aliviam, revela a ineficácia a longo prazo dest
a abordagem. Aquilo de que realmente precisamos é saber o que nos causou ou está a agravar a patologia de que padecemos e saber como lidar com ela. Quanto mais não seja, precisamos de seres humanos, de ver naquele terapeuta que está à nossa frente, uma pessoa, não um computador pré-programado para nos receitar determinado medicamento perante determinado sintoma. É claro que sem medicamentos, muitas pessoas não conseguirão resolver os seus problemas. Mas o que realmente necessitam é aprender a controlar, a dominar a situação, de forma a aumentar a sua auto-estima, a resolver os seus conflitos internos, a perceber onde estão a errar, e erradicar o seu sentimento de culpa infundado, a integrar-se ou a reconciliar-se com a sociedade onde vivem, etc. Sou só eu a ver isto?!!!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

A história não contada sobre a psiquiatria...

Se perceber um pouco de inglês, veja este documentário. Os medicamentos psiquiátricos geram muita controvérsia, mas convém estar a par de todas as teorias para poder escolher uma delas:

terça-feira, 12 de junho de 2012

Tratamento da depressão vs lucro


A depressão é uma das doenças mais estudadas dos últimos tempos e, apesar disso, parece estar a tornar-se endémica. Desde o início da aplicação das primeiras terapias têm havido avanços, mas muito lentos e diria mesmo muito modestos. Não se conseguiu uma forma de tratamento definitiva, com poucos efeitos colaterais, que  eliminasse as frequentes recaídas e que resgatasse dos hospitais uma boa parte dos internados. Decerto não é fácil inventar um medicamento ou uma terapia alternativa, mas às vezes parece que a intenção é mesmo avançar a um ritmo muito lento, de forma a que haja mercado para fazer crescer os lucros da indústria farmacêutica. De facto comprova-se pela percentagem de antidepressivos que é vendida por ano em função do total de medicamentos para todas as outras doenças. 
A depressão é uma doença que dá lucro. Não me lembro de terem sido tomadas quaisquer medidas por quem detém o poder no sentido de evitar que as pessoas entrem em depressão (excepto algumas tímidas campanhas publicitárias nos últimos anos). Será que é imaginação minha, ou falta aqui algum interesse em tentar diminuir o número e a gravidade das depressões?!...

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Raiva

Para a maioria das pessoas o dia tem 24 horas; para mim tem 1440 minutos. Por que raio tenho que me sentir tão mal? Chega uma altura em que o que sinto é raiva. Raiva, porque a fase da auto-piedade já passou. Essa fase é dura, mas tem um certo romantismo. A raiva chega quando ele desaparece, quando se desce à terra, ao presente e nos confrontamos com a nudez e frieza dos factos; antecede uma organização qualquer, é uma fase de transição. Porém, não significa que esta "organização" seja sinónimo de harmonia. Nesta fase a paciência é coisa que não tem lugar, atribuímos as culpas a tudo o que nos rodeia, principalmente àqueles que nada fizeram para evitar que chegássemos a este ponto. 
Estou sozinha, mas disso eu sempre soube. O que dói aqui é assumir essa solidão, perceber que só posso contar comigo e nada mais. Por vezes a esperança não passa de uma tortura e chega de ser masoquista. Acreditar é um verbo que só a esperança sabe conjugar, não a razão. 
Hoje, no final de um dia de trabalho insuportável, onde a profissão "escrava" mais se enquadraria, eu só pedia: por favor, alguém me dê uma boa notícia!... Preciso de algo bom onde adormecer o pensamento e enfim ter um pouco de descanso.Mas não. Só uma fila interminável de trânsito por causa de obras de emergência que não foram feitas na devida altura, contornando caixotes do lixo a transbordar por causa das contenções nas despesas camarárias... a somar a isto tudo, a não resposta de todos os emails de pedido de ajuda que enviei nas duas semanas anteriores e o egoísmo da sociedade em que cada um apenas cuida do seu quintal - ou nem isso. Por todo o lado só vejo muros, erguidos sob pretextos como a falta de tempo ou dinheiro. Existe uma irritante padronização dos valores, uma incontornável regulação das vidas e uma estúpida e incontestada aderência das pessoas; vejo todos acorrentados a leis, a futilidades, à manipulação e poder dos líderes e os pés ao próprio nariz. Possível estar feliz? Só quem diz amém ao sistema, quem desvia as suas atenções para causas onde não seja requisito raciocinar. Os outros, sentem raiva.
Mas a minha é mais íntima, empolgada claro por todo o cenário que me rodeia. Não quero mais ser uma cobaia voluntária e pagante nas mãos de médicos, não posso sequer ser cobaia de mim própria, pois no dia seguinte tenho que conseguir levantar-me e ir trabalhar e fingir que está tudo bem, pois estar bem é uma condição exigida para manter o emprego. Que raio fazer? Continuar a sentir tonturas, náuseas, depressão? Pois, que remédio! As opções que se me oferecem não são muitas...
Só posso encontrar escape na raiva, esta raiva que é uma fase transitória, porém construtora de um caminho que não sei onde irá dar e, muito sinceramente tenho medo de saber.

sábado, 14 de março de 2009

Tomar Medicamentos e Trabalhar


A depressão impede-nos por vezes de trabalhar ou de assistir às aulas. Para que possamos levar uma vida normal tomamos medicamentos. Mas como vivemos depois o nosso dia a dia sob o efeito desses medicamentos?


Cada medicamento produz os seus efeitos secundários específicos e cada pessoa reage ao mesmo de forma única. Porém, a sonolência, excitação, secura de boca, desconcentração, tonturas e outros podem ser alguns dos mais incomodativos. Muitas pessoas, após um período de interrupção no trabalho ou estudos regressam e procuram ter uma vida o mais normal possível, como é suposto ser o objectivo das terapias anti-depressivas. Porém confrontamo-nos muitas vezes com as exigências das nossas tarefas e os efeitos secundários dos medicamentos que tomamos. Para quem trabalha num escritório por exemplo, sentado todo o dia a uma secretária a executar tarefas rotineiras, o sono ataca quando não é de todo desejado e é por vezes muito difícil fazê-lo ir embora, por mais cafés que se tomem; outro exemplo é a falta de concentração nos estudantes quando assistem a uma aula e nada lhes ficou na memória, ou as tonturas para um construtor civil que trabalha em edifícios altos. Poder-se-ia dizer que pessoas com estas profissões deviam ficar de baixa até que terminassem a medicação. Mas na sociedade em que vivemos, pelo menos a portuguesa, ficar de baixa muito tempo por vezes implica a perda do emprego. Além disso muitas pessoas têm que tomar este tipo de medicamento praticamente toda a vida e não querem nem podem abdicar da vida activa tão precocemente.


Trabalhar pode-se tornar difícil nestas condições. O pior é que muitas vezes o chefe também nota e das duas uma: ou conhece a situção e entende-a, ou simplesmente atribui àquele funcionário o rótulo de ineficiente ou improdutivo. Muitas vezes até conhece as causas e simplesmente não aceita que algum seu subordinado possa ter problemas psicológicos, devido ao estigma de loucura que ainda se associa a isso. Quer por uma razão ou por outra não é fácil trabalhar sob o efeito de medicamentos ansiolíticos ou antidepressivos, nem é aconselhável ficar em casa a curar uma depressão, não só porque por vezes o isolamento e a inactividade pode até acentuá-la mas sobretudo devido à realidade que temos no emprego em Portugal.


Algumas pessoas optam por vezes por nem sequer consultarem um terapeuta, com medo das consequências de que falei. Então a situação vai-se agravando até culminar numa depressão grave que poderia ter sido travada a tempo de evitar chegar a tanto e muito sofrimento teria sido evitado. Esperamos que haja mais compreensão por parte da classe empregadora, menos estigma relacionado com o tema e cultura - acho que é uma questão de cultura - em relação a toda a sociedade, para que não associem imediatamente as palavras "psicólogo", "psiquiatra", "anti-depressivos", "ansiolíticos" e outras semelhantes, a "loucura".

Lágrimas secas

Ver fonte da imagem   So me apetece chorar, mas as lágrimas não caem.... É um alívio quando elas escorrem pelo rosto, pois é uma forma de ex...

Mais vistas