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domingo, 18 de agosto de 2019

Cicatrizes do passado

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Muitas pessoas me apontam os meus defeitos, os meus erros, os meus falhanços. Baseiam-se em comparações com pessoas da minha idade e com a mesma formação académica. A maioria das pessoas compara, julga e tira conclusões sem saber o presente das pessoas, muito menos o passado.
O meu passado deixou cicatrizes. A parte visível, não é entendida, nem será entendida nunca, pois eu não faço questão de andar por aí a contar a minha história. As minhas cicatrizes fazem-me falhar constantemente em diversas áreas da minha vida. Limitam-me em muitos aspectos, com os quais tenho que lidar diariamente.
Mas pensam que me sinto incapaz, falhada? NÃO!! Nem um pouco! Porque eu sei que, para o que eu passei, sou uma heroína! Sobrevivi, física e mentalmente, quando eu sei que raras pessoas o teriam conseguido!
Julguem-me como quiserem. Não me importa minimamente. Importa apenas a ,minha versão. Afinal, só eu e Deus sabemos a história toda!

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Alimentar emoções

*Imagem retirada do site http://gizmodo.uol.com.br/emocoes-corpo-humano/
Quando não queremos que algo vivo cresça, a melhor maneira que temos para a matar é não lhe dar de comer. Sem alimento, certamente irá definhar e morrer. O mesmo acontece com as emoções humanas: se não as alimentarmos, elas morrem. Isto tem um lado muito positivo: se nos queremos livrar daquelas que nos atormentam, o que temos a fazer é deixar de as alimentar. 
Como fazemos isso? Alimentamos-las de cada vez que temos comportamentos que lhes são favoráveis. Por exemplo, a ansiedade: se tivermos medo de alguma coisa que pensamos irá acontecer no futuro, alimentamos a ansiedade associada sempre que pensamos nela, que falamos nela, que juntamos na nossa mente algum ingrediente, ou seja, um novo receio. A ansiedade crescerá, ficará mais forte. No entanto se fizermos exactamente o contrário ela acabará por diminuir e/ou desaparecer.
Às vezes achamos que se falarmos nas coisas ajuda. Sim, ajuda desabafar. Mas cuidado, ao falarmos nelas, ao verbalizarmos, por vezes, estamos a dar-lhes comida. É ténue a fronteira que separa o aquilo que nos aliviará e aquilo que nos fará ficar pior. 
O mesmo princípio se aplica a emoções positivas, por exemplo à alegria. Mas neste caso, o preferível é que engorde bastante, por isso, toca a alimentá-la!

terça-feira, 9 de julho de 2013

A felicidade é uma opção

Todos queremos ser felizes. Porém, a maior parte das pessoas não tem como objectivo alcançar esse fim. Ou seja, é como desejar ganhar o euromilhões sem sequer jogar! Mas no que concerne ao estado de felicidade, não há nenhuma chave de sorteio que automaticamente no-lo atribua: a felicidade tem que ser construída, depois cuidada para que não esmoreça.

Quase toda a gente diz que se esforça por ser feliz, mas que essa felicidade nunca chega. Será que estão a fazer alguma coisa errada? Acho que sim. É que temos tendência a procurá-la em todo o lado excepto onde devemos: vemo-la como dependendo do exterior, do dinheiro, dos amigos, da família, do amor, da saúde. É claro que isto contribui em muito para atingir esse estado, mas quantas pessoas conhecemos que têm tudo isso e se sentem miseravelmente infelizes?

A felicidade é uma OPÇÃO! Temos que optar por ser felizes. A nossa educação e a tendência pessimista da sociedade em que vivemos, em que se valorizam mais as coisas negativas que as positivas, onde nos ensinam que a felicidade é a ausência de coisas negativas, achamos que não temos sequer direito a ela, que ela é uma espécie de bónus a que apenas alguns têm direito. Olhamo-la como algo distante, que vem de fora, invejamos quem a possui... Encontramos sempre mil e um culpados para que ela não nos tenha ainda batido à porta.
A verdade é que ela nos está sempre a bater à porta, nós é que não a abrimos, nem sequer ouvimos. Procuramos grandes alegrias e ignoramos as pequenas, mas damos imensa importância às pequenas tristezas!  Em primeiro lugar, temos que nos convencer que temos direito a ela. Não está escrito em parte nenhuma que devemos penar. A alegria pode coexistir com a tristeza, pois estas duas emoções são tratadas em partes diferentes do cérebro, logo é errado pensar que uma é a ausência da outra; depois, há que vê-la como um objectivo a atingir, o objectivo maior da nossa vida. Há que tomar a opção de ser feliz. Até pode ser que o mundo esteja todo contra nós, pois o que conta é o que decidimos, se decidimos entregar-nos à tristeza ou à alegria, se decidimos dar mais importância à primeira que à segunda. Somos livres, em última análise, em permitir que determinado facto nos atinja ou não. Podem lançar-nos uma pedra, isso não depende de nós. A pedra pode ferir-nos, também não depende de nós. O que depende de nós é se vamos ou não deixar que esse acontecimento nos retire a nossa felicidade.

Sei que é difícil de compreender, mas o que vejo à minha volta são pessoas que se habituaram a ver a felicidade ao longe e por mais que a desejem por perto, têm medo de encurtar as distâncias entre elas.

Já agora, é feliz?

domingo, 31 de maio de 2009

O hábito de sentir

Hoje aconteceu-me uma coisa estranha. Reparei que tinha um vale que me tinha sido oferecido no natal para descontar em compras que estava a terminar o seu prazo de validade. Decidi gastá-lo no supermercado, considerando-o como um bónus, que iria aumentar o meu dinheiro disponível para efectuar as minhas compras.

Entrei no estabelecimento pensando que poderia comprar produtos de melhor qualidade e ainda algo extra. Comecei a percorrer as prateleiras e a colocar no cesto as coisas de que necessitava. Quando estava quase no fim, ao pegar numa lata de cerveja apercebi-me, espantada, que apesar de o meu dinheiro disponível ser superior ao normal, inconscientemente fui levada a escolher exactamente os mesmos produtos que comprava anteriormente: os mais baratos, embora de marcas diferentes. O meu cabaz era pobre e sobrava-me ainda muito dinheiro para gastar. Fiquei frustrada, porém em vez de ir trocar os produtos decidi guardá-lo para futuras ocasiões.

Podemos fazer uma analogia entre os produtos do supermercado e as nossas emoções. O que se passou comigo hoje passa-se com cada um de nós relativamente ao que sente. Na verdade, ainda que a nossa vida tenha mudado, que tenhamos todas as razões para sermos felizes, estamos habituados a "escolher" as mesmas emoções negativas que em tempos mais difíceis. Quantas vezes nos foi dado um aumento de ordenado que há muito ambicionávamos ou encontramos a pessoa amada e damos por nós a experimentar o mesmo medo, a mesma raiva, o mesmo ódio? Isto deve-se ao hábito. O nosso cérebro habituou-se a criar sempre as mesmas sinapses, abriu e alargou os caminhos para as essas emoções, enquanto os que levam á alegria estão cheios de ervas e pedras, muitas vezes é difícil perceber que ali existiu em tempos uma estrada. É difícil mudar, bem tentamos mas voltamos ao mesmo. Ficamos frustrados e no fim, sobra-nos ainda tempo que podíamos gastar na emoção "alegria", mas decidimos guardá-lo para quando os filhos crescerem, quando tirar a carta, quando fôr rica...

Muitas pessoas confundem emoções com sentimentos. No dicionário Petit Robert encontramos a seguinte definição de emoção: "Estado afectivo intenso, caracterizado por uma brusca perturbação física e mental onde são abolidas, na presença de certos estímulos ou representações muito vivas, as reacções apropriadas de adaptação ao acontecimento". O Petit Larousse acrescenta ainda: "Perturbação passageira provocada pela alegria, a surpresa, o medo, etc". Isabelle Filiozat define-a como "um movimento em direcção ao exterior, um impulso que nasce no interior de nós próprios e que fala ao que nos rodeia, uma sensação que nos diz quem somos e nos coloca em relação com o mundo". Esta psiquiatra e escritora francesa diz-nos ainda que todos os seres humanos, indempendentemente da sua raça, sexo ou idade as vivem da mesma maneira.

Cada emoção dura apenas alguns segundos. Se dura horas, não é emoção mas humor. Quando dura semanas já não é humor mas perturbação afectiva. Em contrapartida os sentimentos são duradouros.

Ao contrário dos sentimentos que podem ser inúmeros, existem apenas cinco emoções de base, embora alguns entendidos na matéria conseguem distinguir algumas mais. São elas a cólera, o medo, a tristeza, a alegria e o desgosto. Podem acrescer a estas a culpabilidade, o desespero, a raiva, a inveja, o ciúme, a surpresa, a excitação, a ternura, o amor. As emoções são biológicas, pulsionais, enquanto os sentimentos são elaborações secundárias porque são mentalizadas. Os sentimentos prolongam-se no tempo e geram ou são alimentados por emoções.

Ter consciência das nossas emoções, saber distingui-las dos sentimentos e conseguir identificá-las é uma forma de levar o nosso cérebro a deparar-se com mais hipóteses na altura de "escolher". É preciso persistência para mudar hábitos tão profundamente enraízados. Eu diria mesmo que é preciso coragem. A maior parte das pessoas acomoda-se, passa uma vida inteira infeliz à espera de um milagre que lhes limpe as estradas que levam a emoções positivas para então poderem desfrutar da alegria.

Lágrimas secas

Ver fonte da imagem   So me apetece chorar, mas as lágrimas não caem.... É um alívio quando elas escorrem pelo rosto, pois é uma forma de ex...

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