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terça-feira, 10 de agosto de 2021

Lágrimas secas

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 So me apetece chorar, mas as lágrimas não caem.... É um alívio quando elas escorrem pelo rosto, pois é uma forma de exteriorizar o que sentimos por dentro. Mas não. Todos os pensamentos, todas as emoções, todas as dúvidas, todos os medos, estão fechados dentro de nós, invisíveis, demasiado imateriais, mas demasiado dolorosos. Dói mais quando não conseguimos verter lágrimas. Porque se não choram os olhos, chora a alma. 


sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Porque ajo de forma auto-destrutiva quando quero ter sucesso?

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Procuro perceber a toda a hora quais são os gatilhos que desencadeiam certas emoções que conduzem à destruição, como a vontade de gritar com as pessoas por tudo e por nada, de desistir de qualquer empreendimento que tenho em mãos, ou a simples inação pertante tarefas que certamente aumentariam a minha produtividade e bem estar. O que é que está por trás e os suas consequências, mas também o que faz com que o que essas consequências se manifestem é o que preciso urgentemente entender para travar este tipo de comportamentos destrutivos e começar um ciclo em que sou eu que controlo conscientemente as minhas acções. 
Às vezes penso que o problema está na minha incompetência em lidar com os resultados de certas acções positivas. Ou poderá ser que determinados gatilhos me façam reviver algo muito negativo que está recalcado no inconsciente e me causou um sofrimento muito muito grande. E perante essa emoção causada por esse reviver, a ansiedade, o desânimo, a impaciência, a raiva, o mau humor, etc.. tomam conta de mim como consequência. Então há aqui uma emoção desconhecida mas de singular importância (e gravidade): a amoção "reviver". Não sei se existe algum nome científico para ela, eu vou-lhe chamar assim.  
Será isto que me faz agir da forma que ajo? Será que ajo assim como forma de sabotar o meu próprio sucesso? Eu cheguei à conclusão que as duas coisas estão relacionadas. Mas estou a tentar perceber como. É como se aquele "reviver" inconscientemente me tirasse toda a vontade de ter sucesso, talvez porque é essa a emoção associada ao que "está por trás", trancada no inconsciente, e que o gatilho faz reviver. 
É importante perceber isto. É um passo gigante na conquista do auto-controlo e no combate à frustração. É imperativo perceber como este processo funciona quais os gatilhos. Tenho a certeza que quando o conseguir, será muito mais fácil controlar-me e conseguir fazer o que o meu consciente me diz para fazer, independentemente de conseguir ou não decifrar o que está recalcado no inconsciente e que me faz agir de forma negativa. Se calhar, até seu o que lá está. Mas se o diagnóstico é importante, não serve para nada sem um procedimento que leve à cura.

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Sobre a Depressão Major, severa ou grave


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 "A depressão é uma perturbação psiquiátrica do humor que pode ser muito grave, causando sintomas que envolvem o  corpo, o humor, os pensamentos e os comportamentos. Afeta a forma como a pessoa se sente em relação a si própria, a forma como a pessoa pensa sobre as coisas e as pessoas que a rodeiam,  e a forma como lida com as atividades de vida diárias, como dormir, alimentar-se ou trabalhar." (...)
"A perturbação depressiva major representa a condição clássica neste tipo de perturbações. Manifesta-se por uma combinação variável de sintomas depressivos que, pela sua intensidade, interferem com a capacidade da pessoa trabalhar, estudar e divertir-se. Um episódio depressivo major pode ocorrer apenas uma vez mas, mais frequentemente, vários episódios sucedem-se ao longo da vida. Uma depressão major crónica pode levar a tratamentos mantidos por vários meses, anos ou até indefinidamente." (...)
"A escolha do tratamento vai depender do diagnóstico, gravidade dos sintomas e preferência do doente. Quanto mais cedo o tratamento puder começar, mais efetivo se torna. De uma forma geral, as depressões graves requerem uma combinação de medicamentos (antidepressivos) e psicoterapia. Só após algumas semanas é que é possível observar o completo efeito terapêutico dos antidepressivos. Depois da pessoa começar a sentir-se melhor é necessário manter o tratamento por vários meses e, nalguns casos, indefinidamente, para prevenir uma recorrência da doença." (...)
Uma excelente explicação sobre a depressão major. 
A publicação acima é um copy-paste de alguns paragrafos do site, onde pode encontrar mais informações, como por exemplo uma lista dos sintomas: https://www.bial.com/pt/areas-terapeuticas/depressao/

domingo, 19 de julho de 2020

Pessoas deprimidas sugam energia como um buraco negro

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É muito difícil sofrer de depressão. Quem passa por isso sabe bem. Aquela sensação de mal estar, de se sentir o pior do mundo e de ninguém nos entender. Ninguém nos entender.... esta questão tem que ser analisada mais ao pormenor. 
Lidar com uma pessoa com depressão é simplesmente esgotante. É como se essa pessoa fosse uma espécie de buraco negro, sugando tudo à sua volta. Cada um anda a fazer o que pode para manter os níveis de felicidade, energia, auto-estima, entre outras coisas positivas de forma a se sentir bem. E trata-se de uma luta constante, diária, para cada pessoa, mesmo que seja super-saudável. Esta luta é individual, ou seja, os resultados que se conseguem dão apenas para uma única pessoa. 
Por outro lado o indivíduo deprimido tem um défice muito grande delas. Sem estar preenchido, funciona como um iman, tentando atrair o que está à sua volta. E o que faz? Vai buscar aos que o rodeiam, principalmente aos que mais gostam dele. Estes ficam com níveis mais baixos, mas por sua vez o deprimido não fica com níveis mais altos, pois o consumo faz-se a níveis diferentes do normal. 
As consequências é que os familiares, amigos, colegas, etc, se sintam mal, esgotados. E isso é justamente o que uma pessoa minimamente saudável a nível emocional e psíquico tende a evitar. Por isso tendem a afastar-se, a ignorar, a não entender. É  o instinto de sobrevivência a funcionar.
Se estiver deprimido não julgue quem não o entende. Procure entender antes o impacto que a sua situação  tem nos outros.

sábado, 2 de maio de 2020

Como o inconsciente encara a Pandemia?

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Neste contexto inédito para a maioria de nós, é imperioso o auto-controlo, a todos os níveis, começando pelo emocional, pois com este descontrolado tudo o mais descamba. Muito se tem falado de que ter ansiedade, sentir-se inseguro, é normal. Mas para aqueles que viviam antes estes problemas, para os quais os mesmos começaram muito antes de o novo coronavirús ser um problema, certamente os níveis do "normal" não se adequam.
Primeiro, há que perceber de onde vem a ansiedade e insegurança que os afligia. Existe algo que as desencadeia e, uma vez que vive no subconsciente, provavelmente em contradição com o consciente, não se conseguem controlar. A adição de um novo problema pode não ser prejudicial. Pode ser encarado com o um desafio, pode ser visto como uma "esperança" para curar os problemas anteriores.
Quem sofre anseia por um mágico, um milagre, que os retire desse sofrimento. E esta pandemia, este isolamento forçado, pode ser esse mágico! Vai haver uma mudança de certeza. Pode ser a nível profissional, familiar, financeiro, de saúde, mas vai haver. O desejo de mudança está prestes a ser cumprido.
Vou dar um exemplo concreto: Se o que está a causar ansiedade é o autoritarismo vivido em criança no ambiente familiar, atualmente poderá ser desencadeada pelo ambiente profissional, em que o patrão representa o pai. Mas como o salário é bom e até se gosta da profissão, o consciente não ve o patrão como causa de mal algum. E não é, é a associação que o inconciente faz relativamente a situações não resolvidas do passado.
Mas como pode a pandemia potencialmente curar este sofrimento? Uma das mudanças imediatas que introduz poderá ser o isolamento forçado e consequente afastamento do local de trabalho e do patrão. A longo prazo, poderá significar perda do emprego. Será um alívio a curto prazo. Quanto a perda do emprego, que implicaria passar necessidades, quando comparados com o sofrimento actual, poderá apenas resumir-se numa palavra: liberdade. Qualquer coisa que liberte esta pessoa daquilo que a faz sofrer atualmente será bem vindo. Quanto ao sofrimento futuro, além de incerto, é algo para se preocupar na devida altura. Aliviado deste, certamente se encontrará em melhores condições de lidar com o futuro. Este exemplo aplica-se a uma imensidão de casos.
Tudo é muito mais complexo, cada pessoa é um mundo e este tema daria para uma tese de doutoramento.
O importante neste post é que qualquer coisa que consigamos compreender é um passo para nos libertarmos do sofrimento e que n
em sempre o mal que nos atinge tem efeitos nefastos para a nossa felicidade.

terça-feira, 31 de março de 2020

Pandemia: o encontro com nós próprios

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Como é que um bichinho tão minúsculo que é invisível consegue dar a volta ao mundo? Nada jamais será como era. Escondido atrás das mudanças visíveis ou previsíveis, está algo completamente desconhecido e imprevisível, com um potencial de transformação muito superior ao do vírus: o encontro com nós próprios, isto é, com o nosso melhor amigo e o nosso pior inimigo.
Parece estranho o que acabei de escrever, mas vejamos: neste momento centenas de milhões de pessoas em todo o mundo estão confinadas às suas casas, sozinhas ou com um número reduzido de pessoas. A convivência permanenente com aqueles que só se viam de manhã e à noite ou em fins de semana e ferias controladas pela hora de voltar ao trabalho ou à escola e partilhadas com todo o tipo de distrações convidadas, só pode ter consequências. E não é por acaso que se convidam tantas distrações: fazemos-lo como forma de evitar o confronto com o outro e connosco. Temos medo de ficar sozinhos, temos medo de nos ouvir, de nos sentir, de nos conhecermos e de conhecer o outro ou deixar que ele nos conheça. Porquê? Porque não saberíamos lidar com isso.
A intimidade assusta. Não a intimidade no sentido romântico do termo, mas a intimidade da aproximação a nível sentimental, emocional. Andamos constantemente a fugir disso, encontramos todos os subrefúgios para nos escondermos. E agora ficamos expostos. Expostos, dentro da nossa própria casa. De repente os espelhos falam connosco, de repente descobrimos que não sabemos quem é o outro que tão bem conhecíamos. De repente a estrutura de uma vida construída em função desta fuga de nós próprios, desmorona-se, não temos mais onde nos esconder. Lá fora, está o virus, dentro o desconhecido.
Nada poderá continuar como dantes. Experienciar esta vivência tem que ter consequências. A ver vamos.

 Este estado que vivemos em quase todo o mundo é um ponto de viragem para algo desconhecido. Mas não é só o vírus, que embora tenha criado uma situação inédita nos tempos modernos

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Somos bons e maus ao mesmo tempo

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Eu acho que não há pessoas boas nem pessoas más. Todos somos bons e maus ao mesmo tempo. Não tem a ver com as imperfeições em si, mas com as imperfeições que os outros percepcionam, ou com a nossa reacção à nossa percepção das imperfeições dos outros. Por isso eu já estou preparada para um dia todas as pessoas que eu conheço me magoarem, se afastarem, eu ter que me afastar. É como se fizesse parte da vida e eu já aceitei isso.

Quando conheço alguém, penso “esta pessoa vai embora algum dia, um dia vai ser má ou vai achar que eu fui má”. Isso não me afasta dela, convivo com ela como se achasse que ela irá ficar minha amiga para sempre. Se tiver que fazer bem, faço, muitas vezes aceito sacrificar-me para o bem dessa pessoa, mas de cada vez que o faço sei dentro de mim que essa pessoa um dia vai esquecer tudo isso e agir da mesma forma como se eu não tivesse feito nada. É a minha natureza ajudar, não posso fugir disso. O que eu fizer, mal ou bem, fica na minha conta, o que os outros fizerem fica na conta deles. Eu tenho que ser fiel a mim mesma, fiel à minha natureza e aos meus princípios, não os fazer depender dos outros.

Admito que eu sou exactamente igual a todo o mundo: tudo em mim só faz sentido para mim mesma. Tudo o que, de mim, os outros se apercebem é parcial. Falta-lhes estar “do lado de cá”, caso contrário só verão um cenário incompleto.

Lágrimas secas

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